http://mirandes.no.sapo.pt/LMdefinicao.html
Informação Genérica
O Mirandês é uma língua do nordeste de Portugal, ocupando uma região com cerca de 500 Km2. Teve origem num dos romances peninsulares formados a partir do latim vulgar, nomeadamente no asturo-leonês, pelo que pertence ao grupo das línguas românicas. A sua formação foi um processo longo, contemporâneo da formação do galego-português. Sofreu grande influência do português, sobretudo a partir do século XVI, tendo chegado a ser inteiramente substituído por este na cidade de Miranda. Foi conservado nas aldeias envolventes, durante séculos, como língua de transmissão oral. Foi descrito - e pela primeira vez escrito - por José Leite de Vasconcelos no fim do séc. XIX. É este sábio português que marca a sua descoberta no meio filológico peninsular. O processo de normatização da língua foi iniciado em 1995, com a publicação de uma Proposta de Convenção Ortográfica Mirandesa, e consolidado em 1999, com a edição da Convenção Ortográfica da Língua Mirandesa. A palavra "Língua", neste título, é legitimada pelo facto de o Mirandês ter sido reconhecido como língua oficial pela Lei 7/99, de 29 de Janeiro do mesmo ano. Na actualidade, após o último censo da população, estima-se que o número dos seus falantes, na zona de origem, não deverá ultrapassar as 7.000 pessoas. Se acrescentarmos o número de emigrantes de fala mirandesa, chegar-se-á a um total estimado entre 12.000 e 15.000 pessoas. É ensinada nas Escolas EB23 de Miranda do Douro e de Sendim e na escola Primária de Sendim como disciplina de opção.
A descoberta do mirandês
Para os filólogos, o mirandês revela-se em 1882, quando José Leite de Vasconcelos publica uma série de pequenos artigos no jornal O Penafidelense, intitulados "O dialecto mirandez (Notas glottologicas)" que são depois compilados no opúsculo O dialecto mirandez (contribuição para o estudo da dialectologia romanica no dominio glottologico hispanho-lusitano), editado no Porto. É nessa altura que, pela primeira vez, se noticia a existência, em Portugal, de um idioma que não é português nem galego, podendo-se "estabelecer que o mirandês pertence ao domínio espanhol, como próximo do leonês", porém com muitas interferências do português. Em 1900-1901 surge a obra do mesmo autor, em dois volumes, intitulada Estudos de Philologia Mirandesa, em que é descrita uma boa parte da gramática desse idioma e tratado o problemas das suas origens e filiação. Em 1906, o sábio espanhol Ramon Menéndez Pidal publica El dialecto leonés, em que as similitudes existentes entre a fala descrita por José Leite de Vasconcelos e as falas do território leonês o levam a afirmar uma antiga pertença do mirandês a um domínio linguístico muito mais vasto que o seu pequeno território. Com isso fica demonstrada de modo claro a hipótese de filiação leonesa que José Leite de Vasconcelos timidamente avançara. Ao longo do século XX, outros sábios abordaram as suas origens e descreveram aspectos do seu funcionamento. De salientar, José Herculano de Carvalho e António Maria Mourinho. Graças aos seus estudos e comunicações, a curiosidade relativamente ao mirandês não desapareceu de todo. Porém ela ressurgiu de uma maneira extraordinária nos últimos anos do século XX, sobretudo após o reconhecimento do Mirandês como uma outra língua oficial de Portugal. E as interrogações acerca do seu nascimento recomeçam, noutro plano. Hoje, algumas das questões que surgem com mais frequência em relação a este idioma, são: mas afinal, trata-se de um dialecto ou de uma língua? A ser dialecto, será um dialecto do leonês, do asturiano, do asturo-leonês ou do espanhol? Como é que de repente, este idioma que sempre foi considerado como um dialecto, passa a ser reconhecido como língua oficial? A ser língua, então porque é que o Castro-Laborense ou o Barranquenho não serão também línguas? Como evoluiu a atitude dos falantes perante a sua fala regional? Como é que uma língua de tradição oral e rural consegue fazer face às solicitações da modernidade? Neste site, esperamos contribuir de algum modo para o esclarecimento destas e outras questões. Com a certeza de que muitas outras perguntas surgirão. A descoberta do Mirandês continua. Mas já não se trata de uma questão que interesse apenas estudiosos isolados. É uma questão que apaixona os falantes da língua, que os envolve e os chama.
M. Barros Ferreira
4 comentários:
voçe por ai são muioto engraçado ,falam e tudo diferente ,pois ,pois tão pequeno e até hoje ,não se acertaram e por aqui que é tudo tão grande ,enorme ,gicandescos ,imensurado etc...
a cada estado ou região é um pouco pior ,mesmo com uma linguagem comum criada pelas tvs.nos casos das novelas .
o mais engraçado é que tem portugues por aqui que para se comunica com outro portugues usam dicionario brasileiro e assisstem novelas .
o anchieta crio uma gramatica de tupy e na india o dinamargues a serviço do rei crio também uma gramatica e ai mesmo voçe não conseguiram um acerto pois.pois.
quero saber ,se é verdade que na 2º mundial o mirandes foi usado com codigo e os portugues que trabalhavam para os aliados não conseguiram identifica o mirandes e devolviam para os aliados o metrial roupados dos alemães e italianos .
e-mail: bocaderango@gmail.com
nome bocva de rango
tch
tch
tem alguns erros mas ,comoeu poderia encherga estas letrinhas miudas .
tch
boca de rango
tch
tudo muito bom
ok
tch
Postar um comentário