terça-feira, 2 de outubro de 2007
RELIGIÃO: Sociedade Panteísta Ayahuasca
http://www.panhuasca.org.br/portugues/principal.htm
SOCIEDADE PANTEÍSTA AYAHUASCA
Fundada em 06/01/2001
A CULTURA DA UNICIDADE
As cerimônias acontecem à luz dos estados ampliados de Cons-ciência, com a finalidade de fazer avançar o autoconhecimento dos participantes.
Utiliza recursos cognitivos espe-cialmente elaborados juntamente com a utilização ritualística da Ayahuasca, planta reconhecida pela tradição amazônica como "planta instrutora".
SOCIEDADE PANTEÍSTA AYAHUASCA
MISSÃO
A SOCIEDADE PANTEÍSTA AYAHUASCA é uma sociedade civil de direito privado, de fins religiosos, sem fins lucrativos, de duração ilimitada, tendo como finalidade, objetivo e missão:
Experimentar, apreciar, estudar e orientar os Estados Ampliados de Consciência induzidos pela Ayahuasca no sentido de promover a evolução geral, cognitiva, emocional e espiritual dos participantes.
Dedicar-se ao estudo e à prática do Panteísmo, nos seus aspectos filosóficos, científicos e místicos.
Buscar uma comunhão mais intensa com a natureza procurando acesso a sen-timentos e vivências significativas, integrativas, holísticas - Experiências Místicas.
Cultivar a auto-responsabilidade e criatividade - a autoridade - sobre a própria vida.
Reavaliar e aprimorar constantemente a dinâmica e estratégia dos trabalhos.
PANHUASCA!
O cosmos não tem origem, ele é origem e fonte de si mesmo, e a natureza como um todo é divina. A natureza estava aqui antes de mim, ela de fato é a minha mãe, o meu pai, ela é o meu criador. A natureza estimula, não apenas a minha admiração, mas também a minha reverência.
Para contemplar deus Natureza, não fecho os olhos, eu os abro e contemplo a natureza em torno de mim, dentro e fora. Só vejo existência, transitoriedade e ação; o cos-mos se movimenta por si mesmo, uma exuberância inata em mudanças incessan-tes.
Vejo que faço parte desse movimento, sou um cidadão do mundo por inteiro; sentimo-
nos separados até realizar que não o somos. Eu faço parte da Terra, sou parte do Sistema Solar e da Galáxia, que pertencem ao Universo, ao divino. Posso reconhecer
a minha própria divindade reconhecendo que sou parte da divindade Universal.
Entendi que tudo está, de uma maneira ou de outra, dentro da natureza cósmica, nos seus aspectos conhecidos ou desconhecidos. Entendi que o Universo, existência absoluta, só pode ser sujeito e objeto de si mesmo, que apenas "É", que se basta a si mesmo. Percebi a beleza e grandeza da natureza universal, a sua totalidade, a sua divindade, a sua luminescência.
Achei sentido em focar a minha atenção aqui e agora, na beleza, no poder e integração da natureza e, desta forma, honrar, comemorar e sentir a vida mais plenamente. Compreendi que o significado da nossa existência é ser parte da consciência universal; somos uma das partes do universo capazes de contemplar a si mesmas. Achei mais sentido buscar transcedência, focalizando a atenção no infinito universal, cultivando a visão da divindade na con-templação da natureza
Depois da primeira infância, ao surgir a idade da razão, é muito provável deixar de perceber e vivenciar esse senso de divina unidade, deixar de ver a luz mag-nificente que emana da Natureza. Es-quecemos que somos parte da totalidade universal; passamos a experimentar a nós mesmos, em pensamentos e senti-mentos, como separados do resto, foca-dos nas nossas vidas mentais, mer-gulhados em símbolos, centrados na esfe-ra dos conceitos e das suas limitações.
Junto com a linguagem, adquirimos a habilidade de classificar as coisas em grupos, categorias e conjuntos, deixando, às vezes, de ver o mistério da sua unicidade, a surpresa, o inesperado, o imprevisto, o extraordinário da sua simples presença, da sua singularidade, da sua existência, da sua realeza.
Desenvolvemos como se fosse uma membrana, um véu, um filtro gramatical, entre o mundo e a nossa existência. Entramos num tipo de limi-tação, que acaba por restringir e condicionar a nossa capacidade de se entusiasmar, de se en-cantar. A vida, a existência como um todo, pa-rece perder algo do seu brilho, do seu encanto, tornando-se mais comum, familiar e trivial; ilu-são da nossa consciência, engendrada por auto-matismos e dissociações.
Mas a magnificência está sempre aqui e de novo despertando em nós a criança, a criatividade, podemos ter acesso a essa visão gloriosa; afinal, tudo está sempre em constante fluidez e transformação. Uma das tarefas que precisamos compreender como adultos é reencontrar essa visão prístina, infantil, criativa, para abraçar todas as criaturas e a totalidade da natureza.
Cada um tem acesso à natureza através dos seus sensos e emoções e cada um sabe o que em si melhor desperta a percepção do sagrado. O coração do nosso trabalho panteísta é destacar a visão e o sentimento de que somos, ple-namente, parte do grande ciclo sagrado da vida.
A expressão "experiência mística" pode transmitir a idéia de algo difícil de se atingir, mas de fato significa apenas algo mais oculto e secreto, no sentido de inefável, de ser algo a experimentar, de difícil descrição, misterioso - como a beleza e o perfume de uma flor.
O misticimos panteísta intenta facilitar a percepção da nossa unicidade, aprofundando nos-sa reverência para a natureza e o universo, temperando a vivência da totalidade. Tal in-tento é mais fácil de se expe-rimentar, para mim comungando uma medicina sagrada como é o chá Ayahuasca, uma poção tradicional da América do Sul. Uma bebida mística e tradicional que pode proporcionar, quando servida num contexto ritualístico e comungada na intenção adequada, uma experiência dita enteo-gênia, a experiência de Deus em nós, o "namastê" do ioguistas.
Dr. Régis Alain Barbier, presidente da Sociedade Panteísta Ayahuasca
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