quinta-feira, 1 de novembro de 2007

SAÚDE: devemos tratar e curar o envelhecimento como se faz com qualquer enfermidade

Aubrey de Grey: Why we age and how we can avoid it Aubrey de Grey, British researcher on aging, claims he has drawn a roadmap to defeat biological aging. He provocatively proposes that the first human beings who will live to 1,000 years old have already been born.

http://www.ted.com/index.php/talks/view/id/39?gclid=COeG5JKovI8CFQp7PAodzk1YfA

About this Talk
In a shocking challenge to conventional wisdom, Cambridge researcher Aubrey de Grey argues that the process of aging is merely a disease -- and a curable one at that. De Grey, a computer scientist and biogerontologist, believes humans could live for centuries, if only we approach the aging process as "an engineering problem." He outlines the seven basic ways people age, and how to "solve" each one. And if we get to work now, he says, humans alive today could live to be 1,000.

About Aubrey de Grey
Aubrey de Grey, British researcher on aging, claims he has drawn a roadmap to defeat biological aging. He provocatively proposes that the first human beings who will live to 1,000 years old have already been born.

Why you should listen to him: A true maverick, Aubrey de Grey challenges the most basic assumption underlying the human condition -- that aging is inevitable. He argues instead that aging is a disease -- one that can be cured if it's approached as "an engineering problem." His plan calls for identifying all the components that cause human tissue to age, and designing remedies for each of them — forestalling disease and eventually pushing back death. He calls the approach Strategies for Engineered Negligible Senescence (SENS).
With his astonishingly long beard, wiry frame and penchant for bold and cutting proclamations, de Grey is a magnet for controversy. A computer scientist, self-taught biogerontologist and researcher, he has co-authored journal articles with some of the most respected scientists in the field.
But the scientific community doesn't know what to make of him. In July 2005, the MIT Technology Review challenged scientists to disprove de Grey's claims, offering a $20,000 prize (half the prize money was put up by de Grey's Methuselah Foundation) to any molecular biologist who could demonstrate that "SENS is so wrong that it is unworthy of learned debate." The challenge remains open; the judging panel includes TEDsters Craig Venter and Nathan Myhrvold. It seems that "SENS exists in a middle ground of yet-to-be-tested ideas that some people may find intriguing but which others are free to doubt," MIT's judges wrote. And while they "don't compel the assent of many knowledgeable scientists," they're also "not demonstrably wrong."
"Aubrey de Grey is a man of ideas, and he has set himself toward the goal of transforming the basis of what it means to be human." MIT Technology Review

Ouvi extasiado um conhecido investigador português dissertar sobre questões de esperança de vida e longevidade humanas e quedei-me a pensar. Entre muitas declarações atiladas, retive a ideia de que podemos viver para cima da centena de anos, embora a nossa cabecinha não acompanhe a pedalada. Fiquei siderado, na oportunidade, mas nada convencido. Sempre pronto a escorropichar elixires, de eterna juventude ou de outros mais mortais, de preferência ao som da «pedra filosofal», logo ali declarei que não desistia.

O Sr. Aubrey de Grey, vem agora, quase a meu pedido garantir que se pode viver qualquer coisa como 500 anos. Fiquei passado e confesso que me deliciei com fantasias, em que me via capaz de ultrapassar em idade os patriarcas bíblicos. Ele tem a receita para evitar a morte devida à senescência; aviá-la é que é o cabo dos trabalhos, talvez mais penosos que os 12 do Hércules. No caso vertente, a ciência terá de ultrapassar 7 desafios. Um deles é incomensurável, posto que se trata de arrasar com essa faculdade abusiva das células cancerígenas de ludibriar as células sãs. Sabe-se ainda pouco sobre os truques dos cancros, ignorando-se, por exemplo, se eles se valem dos alimentos processados de todas as maneiras e feitios para prostrarem os humanos. Depois, há a questão da perda e mesmo da atrofia celular que podem eventualmente ser ultrapassadas com recurso a células estaminais que (julgo eu) serão religiosamente bem aceites, quando garantirem um pé-de-meia sólido a um empreendedor da globalização. Aqui chegado, vergo-me com a imponência da obra. Mas, ter-se-á ainda que combater os resíduos do interior e exterior das células, mais os adipócitos e quejandos, o que obriga a criar um sistema eficaz de saneamento à escala submolecular. A eliminação de radicais livres - afectam principalmente as mitocôndrias - parece-me mais facilmente alcançável, deitando mão a suplementos alimentares, frutos roxos ou avermelhados e mesmo à pinga, como está na moda dos sortudos. Feitas as contas e pelo andar da carroça, muita água tem de passar debaixo das pontes até que a ciência me indique uma poção mágica capaz de me dar mais tempo cá em baixo. A não ser que o senhor que vive lá em cima e conhece tudo e mais alguma coisa se decida fornecer a chave do cofre ao sr. de Grey, na próxima década, eu tenho muitas poucas hipóteses de viver à ganância. Mas também pode revelar o segredo da imortalidade ao sr. Bush com o qual costuma falar; neste caso a autoridade conferia melhor rapidez de execução, creio. Só assim!

Dizem que o sr de Grey é arrogante e consta que os amigos se passam com ele, quando não o gozam à grande e à francesa. Confesso que fiquei a simpatizar com ele, porque me levantou o astral que andava muito em baixo, sobretudo depois que ouvir o nosso primeiro a gabar-se que tem mais alunos com menos profes. Cheguei inclusive a pô-lo no lote dos meus heróis preferidos, porque me convenceu que o resto da bicheza que povoa a Terra não costuma morrer de velhice, porque leva uma vida de contemplação. E o que faz o bicho-homem? Esfalfa-se a trabalhar e a contemplar o pecúlio armazenado na conta bancária. Olhem para mim que têm aqui um proleta convencido dos males que traz essa coisa de se trabalhar a vida toda e mais alguns dias. Acho que é assim que a gente cansa as meninges e acumula tanta porcaria no corpinho, de pouco valendo ginasticá-lo todos os dias. Oxalá eu esteja redondamente enganado.

http://t0000024.blog.pt/2122718/

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