A capital da qualidade de vida
Por Livia Veiga
O sol ensaia seus primeiros raios, ao céu da capital baiana e o cenário da orla marítima é composto por centenas de adeptos do exercício físico. São jovens, adultos e idosos, que disputam espaço em calçadões, parques e até, na areia das praias, seja na prática de caminhadas ou corridas, uma manifestação clara do apresso pela saúde.
Por volta das 5h30 da manhã, o movimento começa a ser intenso na região do Jardim de Alah, no bairro do Costa Azul. Não que sejam atletas profissionais. Mas os adereços e a disciplina não ficam aquém dos que fazem do esporte uma filosofia de vida. No trecho entre o Jardim de Alah e Boca do Rio, na altura do Aeroclube Plaza Show, é possível identificar no início da manhã e ao pôr-do-sol, centenas de pessoas que praticam exercícios. Tênis, roupas leves e bonés. Esse é o uniforme de um time baiano que abandona o sedentarismo e conquista espaço nas ruas da cidade.
Na Barra, em toda a extensão, do Porto ao Farol, o cenário não é diferente. A recém inaugurada Praça da Avenida Centenário também ganhou as graças dos corredores, assim como os já tradicionais espaços dos parques de Pituaçu e da Cidade, o último no bairro Itaigara. Outro local adotado, para prática de corrida e caminhada, é o campus da UFBA que fica em Ondina, onde existe uma reserva de Mata Atlântica, assim como a Avenida Paralela e a Garibaldi, além do Dique do Tororó.
A professora Edite da Silva, 47 anos, conta que desde quando começou a caminhar, há dois meses, já perdeu dois quilos. “É importante cuidar da saúde e ainda, a caminhada ajuda a estar bem com o lado espiritual e a natureza”, comentou, durante percurso a pé, no Dique do Tororó, ao final da tarde. Ela conta que este é o momento do dia que se dedica a meditar e busca paz, em harmonia com a beleza das águas e a proteção dos orixás.
O exercício também conquista jovens como a estudante Norma Alves, 10 anos, que aproveita a ida da vizinha ao Dique, veste roupa de malhar e cumpre a tarefa semanal. “Estou de férias e sempre venho. Malho para emagrecer um pouco, pois o verão está aí. Gosto do Dique porque é lindo, ainda mais, decorado com piscas-piscas”, disse.
Para o assistente escolar, Ranfles Alves dos Santos, a caminhada é um hábito há mais de dez anos. “Ando todos os dias, sempre durante uma hora, após às 18 horas. Moro no Engenho Velho e não deixo de praticar exercícios, principalmente, quando estou de folga”, contou. Como explica o estudante de Educação Física, Lucas Sacramento, o exercício físico é recomendado para todas as idades, porém, para grupos de risco como idosos, diabéticos, hipertensos e deficientes físicos, é indicado consultar um médico antes de começar qualquer atividade física.
O motorista Robson Gomes, 36 anos, que costuma correr na Avenida Garibaldi há cerca de quatro meses, contou ter sentido dores na coluna, após a prática irregular de exercício. “Essa semana parei de correr por seis dias, por causa do trabalho. Quando voltei, comecei a correr e na segunda volta, comecei a sentir uma dor forte na coluna. Acho que o problema foi não ter feito um aquecimento antes, com uma pequena caminhada, como sempre faço”, admite. Segundo ele, desde que adotou uma rotina mais saudável, tem sentido redução da gordura abdominal, os chamados “pneusinhos”, além de maior disposição para as demais atividades diárias.
Alerta contra o sedentarismo
O Instituto Nacional de Cardiologia aponta o sedentarismo como causa quase natural da obesidade, auxiliada por hábitos alimentares irregulares, entre outros problemas graves de saúde. Ele é resultado de hábitos que substituem o movimento, sintomáticos do cotidiano urbano, como: a substituição do trabalho manual, o uso constante do automóvel, além do mais, o hábito de trabalhar sentado, muitas vezes, por horas frente ao computador, exclui a prática diária de uma caminhada.
“Por passar a maior parte do tempo sentado, o sedentário costuma ter problemas de postura, que se refletem em dores nos ombros, na coluna, no pescoço e nas articulações. O fim do dia de um sedentário de longa data costuma ser de dores nas costas. A falta de atividade física enfraquece os músculos e torna a flexibilidade uma palavra estranha”, esclarece o Instituto.
Portanto, o primeiro passo para o fim de uma vida sedentária é a pessoa reconhecer que precisa mudar de hábitos. A dica é uma caminhada diária, de pelo menos 30 minutos, ajuda a reduzir os riscos de doenças provocadas pela falta de atividade, como as do coração, além de desânimo, depressão e problemas de coluna e articulações.
O comerciante Antônio Oliveira, 47 anos, acorda cedo para aproveitar o sol nascente durante seus 30 minutos de exercício diário na orla marítima da Pituba. “Estou começando a criar hábito de caminhar. Estava sentindo os reflexos de uma vida sedentária, como o aumento do colesterol e de peso. Fui recomendado pelo médico de mudar de vida e estou descobrindo os benefícios de praticar uma atividade física regular. A balança ainda não mostrou os resultados, mas estou me sentindo bem melhor”, afirmou.
Como explica Lucas Sacramento, o uso de tênis e roupa adequados à prática de esportes é fundamental. Além disso, o praticante de exercícios deve consumir muito líquido e ingerir frutas antes das atividades físicas, já que a frutose é o açúcar mais rapidamente absorvido pelo organismo e transformado em energia. (Por Maria Rocha)
Primeira sexta do ano com fé no Bonfim
Assistir a missa, a bênção ao padre com água benta sobre fiéis, a reza do pai-de-santo com folhas e banho de pipoca em frente à Igreja do Senhor do Bonfim é tradição secular para pedir proteção em todas as primeiras sextas-feiras do ano. Católicos, adeptos do candomblé, baianos e turistas dos quatro cantos movidos pela fé subiram a Colina Sagrada e lotaram a igreja. Devotos aproveitam a ocasião também para fazer novos pedidos com as fitinhas da Basílica.
A aposentada Maria de Lurdes Conceição veio de Feira de Santana com mais duas vizinhas para levar água benta. “É assim que guardo a minha casa e a minha família de todos os males. Peço ao Senhor do Bonfim para nos livrar da violência que é capaz de invadir nossas casas e muito mais do que os bens vêm nos roubar a paz. Na última sexta-feira eu também vim e como todos os anos desde que me entendo por gente e tenho sempre diversos motivos para agradecer”.
Igreja lotada e apesar do pouco espaço alguns devotos sobem as escadas de joelhos como gesto de reconhecimento ao sacrifício do qual foi libertado. Há quem chegue descalço num ato imensurável de gratidão ao pedido atendido. Ao ouvir o hino do Senhor do Bonfim a emoção é evidenciada nos olhos cheios de lágrimas. A fé é manifestada de outras formas pelos fiéis, segundo um dos párocos da Basílica, Alberto Montealegre. “Tem o veleiro ao lado da paróquia, onde os devotos acendem sua vela para rezar e agradecer; tem a sala dos milagres alcançados, onde é colocado algo que reverencie a graça alcançada e ainda a fitinha do Bonfim, em que alguns preferem amarrar no braço ou no portão da igreja”.
O sentimento e a energia são capazes até de curvar aqueles que se denominam como incrédulos. “Não freqüento nenhuma igreja nem sou adepta de qualquer religião, mas como estou de férias em Salvador vim conhecer. É impossível não se comover e louvar. Acho que é a força de Deus”, disse a paulista Vanessa Carvalho. A ialorixá Janete Souza Santos que pelo quarto ano consecutivo reza fiéis, turistas revelou também sentir-se abençoada. “Ao rezar e pedir paz, saúde me sinto protegida. É o retorno dos votos que faço. Há inclusive muitos devotos que retornam no ano seguinte e me procuram para contar que foi agraciado com algo que desejava”.
Ela contou ainda os benefícios das pessoas que são rezadas. “Muitos dos que retornam falam do grande amor que encontrou, de ter tido mais saúde ou de ter conseguido um emprego melhor”. A fé dos devotos no Senhor do Bonfim é tamanha que o padre Alberto disse que tem gente que tudo que adquire traz para benzer. “Chave de casa, de carro, celular, carteira de trabalho, manual de vestibular. Tem quem traga o carro de outras capitais direto da concessionária para pedir a bênção do Bonfim”. (Por Odilia Martins)
sábado, 3 de janeiro de 2009
terça-feira, 23 de setembro de 2008
MAL DO SÉCULO: o tédio nosso de cada dia
Prof. Augusto Pitta, M.Ed. (State University of New York at Buffalo)
AP Traduções e Assessoramento Internacional Ltda.
http://aptraducoes.googlepages.com/
MAL DO SÉCULO: o tédio nosso de cada dia
“Todo o dia o sol levanta e a gente canta ao sol de todo dia” (Caetano Veloso). “Todo dia ela faz tudo sempre igual...” (Chico Buarque de Holanda). “... Todo dia era dia de índio...” (Baby do Brasil e Pepeu Gomes). “Todos os dias é um vai-e-vem, a vida se repete na estação...” (Simone). E por aí vai! “Nada é novo debaixo do sol” (Rei Salomão). Estas declarações acima nos conduzem ao tédio do nosso cotidiano. Nada mais nos surpreende. Tudo o que ouvimos e/ou vemos que, num primeiro momento, pode parecer inédito, acaba por nos remeter a alguma lembrança de algo igual ou parecido vivido por nós mesmos ou por alguém de quem tivemos notícia. E aquela sensação do “eu já vi/ouvi isso antes” torna-se inevitável. Vivemos numa sociedade planetária onde a falta de tempo é quem está a gerir o nosso próprio tempo, o vosso... Ninguém parece ter mais tempo para nada, nem mesmo para si próprio! E “enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara” (Lenine). Porém, não rara fosse esta lucidez na maioria de nós, quem sabe teríamos uma postura diferente frente a este frenético ritmo que nos impõe o mundo. Só sei que “mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não para” (Lenine). E seguimos nós sem tempo para nós mesmos, para nossos cônjuges, para nossos filhos, para nossos amigos... pára nós! Há quem diga cante que “nada do que foi será do jeito que a gente viu a um segundo” pois “tudo muda o tempo todo no mundo” (Lulu Santos). Todavia, vão-se os anéis, mas ficam-se os dedos! O que muda o tempo todo no mundo talvez seja a forma de as coisas serem feitas, manipuladas... No entanto, em essência, as coisas permanecem, são e estão do mesmo jeito que “Adão e Eva” vivenciaram, e subseqüentemente seus descendentes, ou seja, a gente, depois que supostamente teriam deixado o paraíso, já que “no paraíso, um dia de manhã, Eva comeu maçã e Adão também comeu, então ficou Eva sem nada e Adão sem nada, se Eva deu mancada, Adão também deu!” (Elba Ramalho). Em conclusão, meus amigos, nascemos, reproduzimos, produzimos e morremos. Tudo o que passa disso é vaidade. De fato, “não há nada novo debaixo do sol”! (Rei Salomão). Rebelemo-nos então! Digamos não a este esquema. Precisamos nos dedicar bem mais ao ser do que ao obter. Contra fato, não há argumento: precisamos de nós mesmos, dos nossos cônjuges, dos nossos filhos, dos nossos parentes, dos nossos amigos, da mesma forma (quiçá mais até) que precisamos dos nossos cargos, empregos, empresas, imagens públicas, conquistas, etc. Encontrar um ponto de equilíbrio é algo que urge! A estratégia da hiperocupação laboral é algo que deve nos preocupar. Ela está nos afastando da nossa essência e deixando os nossos entes queridos órfãos da nossa presença.
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sábado, 6 de setembro de 2008
Encontro de Profissionais da Web Baiana
ADBA - Associação das Agências Digitais da Bahia
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terça-feira, 2 de setembro de 2008
Introdutor da macrobiótica no Brasil faz palestras em Salvador
O introdudor, no Brasil, da alimentação integral como forma de cura, Tomio Kikuchi, 82 anos, chega a Salvador no dia 15 de outubro para série de palestras e atendimentos. Autor do célebre “Autocontrole Terapia”, espécie de bíblia do que se chamava, no passado, de macrobiótica, Kikuchi vai falar sobre os efeitos da tecnologia na vida do homem moderno, em palestra na Reitoria da UFBA, na manhã do dia 16. A programação inclui atendimentos terapêuticos, no dia 17, e vivência intensiva no Oásis da Paz, em Buraquinho, nos dias 18 e 19. No Oásis, Tomio Kikuchi e uma equipe de auxiliares vão orientar desde o preparo de alimentos a práticas de taichi, aikido, moxabustão dentre outras técnicas de terapia corporal, todas voltadas para o bem estar de corpo e alma. Tomio Kikuchi nasceu no interior do Japão em 1926. Lutou na Segunda Guerra e ainda jovem foi estudar em Tóquio, onde conviveu com médicos e cientistas. Entre 1948 e 1953, trabalhou com George Oshawa, o pai da macrô, de quem recebeu estímulo para se dedicar à chamada medicina “transformal”. Kikuchi deu continuidade coerente às idéias de Oshawa, e assim vem acrescentado conhecimentos à doutrina original - tanto que está preferindo chamá-la de “macromicrobiótica”, incluindo a magnitude que faltava.
“Nossa atividade é solidariedade, solidariedade interna e externa”, afirma o professor Kikuchi. Segundo ele, temos cinco bocas e com todas nos alimentamos: a boca, propriamente, os olhos, os ouvidos, o nariz e. o umbigo (a boca principal durante a gestação). “Por meio do controle dessas cinco bocas podemos direcionar nosso destino, ampliando a longevidade e mesmo nossa percepção da existência na Terra”, diz ele. Para ele, precisamos de uma alimentação psicossomática. “A gastronômica não vai funcionar.”
Aos 82 anos, Kikuchi começa trabalhar às 5h da manhã, no Satori, misto de restaurante e consultório. A sala de atendimento é dos anos 50. Os móveis antigos indicam o estilo simples de vida. Pelo seu consultório passaram políticos e artistas como Gilberto Gil, Fernando Gabeira, Vitor Buaiz, Beth Carvalho, Carlos Renó e até médicos conceituados como Dráuzio Varela e tantos outros.
Para mais informações, ligue 3240-7692 (Restaurante Gergelim), rgergelim@hotmail.com e www.navii.com.br/blog
segunda-feira, 11 de agosto de 2008
segunda-feira, 28 de julho de 2008
terça-feira, 15 de julho de 2008
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